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Finalizada em 29/06/2024
Livro Dentro do Vazio a palavra é atômica, de Rafael Lima
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Edição e publicação do livro Dentro do Vazio a palavra é atômica, de Rafael Lima | Toma Aí Um Poema
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O Livro


Dentro do vazio a palavra é atômica” procura estabelecer relações de sentido e/ou nexo entre espaços distintos do universo:  homem, natureza, e o próprio universo. Partindo da premissa ontológica de que o ser (humano) é um microcosmo – reproduzindo em seu recôndito determinados aspectos do grande cosmos (universo) cabe a seguinte pergunta: teria o ser a potência (capacidade) de puxar o fio de sentido entre essas duas realidades (micro x macro) tão distantes e distintas, entretanto e simultaneamente, análogas e próximas em alguns aspectos? A imagem dos opostos de uma ferradura - faz-se pertinente e alegórica. Ademais, quem não se impacta profundamente com as imagens naturalmente poéticas fotografadas pelos telescópios espaciais?

O sentimento subjetivo de um “vão” interior possui alguma semelhança entre os espaços vazios ou “buracos negros” ocorrentes no espaço? Não é à toa que presenciamos alguns físicos relativistas retomarem a poesia enquanto expressão artística válida entremeio ao núcleo duro da ciência exata da física. Destarte, este trabalho abre possibilidades de uma jornada poético-espacial – tendo como ponto de partida a condição subjetiva e limitada da existência humana. A palavra – ainda que ínfima se comparada ao macrocosmo – verte sua relevância atômica de sentido coerente  do ser (homem, cultura humana, comunicação) que logra superar o não-ser (nada ou vazio). 



O Autor


Rafael Bergson Oliveira Lima é sociólogo, assistente social e também escritor de literatura. 

Possui dois contos publicados em coletâneas através de chamadas literárias, que são: I – “Isolados”, no livro “Contos da Quarentena”, “Episódio Suburbano” na obra “Pátria armada: Retratos de um Brasil distópico” editora Acaso Cultural. 

Em setembro de 2023 publicou seu primeiro livro autoral de poesias intitulado “Sentimento Famélico” através da editora Toma Aí Um Poema.


 

Alguns Poemas do Livro



I - Nosso par é ímpar


Entre tu

e eu

- lacuna.


 Redigimos - esse romance 

esvaziando-nos 

- um do outro.


Não há 

encontro

- nem ponto de interseção.

De mim –  de ti  

- ausência.


Espartanos fomos

- com nossa estória lacônica

e gélida.


Negamos

  elos e anelos 

            - demais nuances belos.


Tu,

Eu,

enfim -  nós

- hiato.


Um ao outro

desencontramo-nos, 

nosso par é ímpar,

um somado ao outro

não nos formamos por inteiro.




II - Fora de alcance



Minhas mãos tateiam

em vão..

- a silhueta do globo desta terra.

Esbugalho os olhos, 

cravando-os ao fio de luz

que atravessa atmosfera 

e a mim.

Mais fugaz

que piscar de olhos

perco – compasso e foco.


De corpo trépido

e vista turva

procuro o ângulo 

entre mim e a

linha crepuscular do horizonte.


Desprovido

do astrolábio,

do quadrante, 

do sextante,

  - sou astrônomo 

  sem instrumento de precisão.


Perco a mim,

navegando com os pés 

pela superfície asfáltica

deste plano terreno.


Perco-me em vertigem

com o vislumbre 

das linhas do crepúsculo.

Não há ângulo 

deste ponto de vista subjetivo.


Entre olhos e tato

vagueio pela cidade 

sem ponto de referência.


Enquanto 

as linhas do horizonte escapam da minha vista.

- gravidade atrela meus pés à superfície asfáltica.


Sou um ponto de vista 

faminto 

pelo espaço

- que não alcanço.


III - Ataraxia



Amiúde seu alarido

de ruído gutural,


Assevero-me 

em mansidão:


Não me rendo ao escarcéu:

nada diz ou ensina,

energia dissipada ao léu,

cólera autocida.


Permito-me

ao silêncio inundante.


Emudeço

para aprender 

a dizer.


Precipito ao abismo do silêncio,

    esvazio-me dos outros


Meditar 

      para despertar.


IV - Vigília


À deriva 

pela noite,

- eu insone,

- ela insólita.


Madrugada caliginosa

reviro-me,

estrado da cama range,

emulando cães 

que ladram ao longínquo.


Noite escura

- com seu silêncio obscuro:

suplício

de quem veste 

o cilício da insônia.

A noite silencia o mundo

esvazia o dia,

emudece os homens 

- cobre-os de sopor.


Todavia,

sigo em vigília 

singrando o véu da noite.

O sentinela não adormece

mesmo no regalo de seu leito.




V - Cosmética



- Cosmética 

não me cintila a face 

com suas cores de arrebique vitrinal

e cremes pastosos 

de botulina tóxica.


Da superfície 

de minha tez

expilo sangue 

    rubro e teso – 

lava escoada do âmago,

- corando-me a superfície tépida.


Abandono 

meu eu

- identidade apócrifa,

para invocar o magma 

que inflama poros afora.


Sentimento

de teor vulcânico.

Provoco-me em erosão.

- Fendo a rocha opaca de minha aparência.


Jorro das entranhas

- torrente de expurgo 

  que dissolve o reboco cosmético da face.



O Toma Aí Um Poema


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O Toma Aí Um Poema é um projeto potente de leitura e divulgação de poesia lusófona. Começou em 2020 como podcast, depois virou revista literária interativa e hoje é uma editora preocupada com a emancipação dos autores. É considerado um dos projetos literários mais inovadores da atualidade e soma resultados incríveis:


1k+ autores lidos |   1k+ poetas publicados    | 1 milhão de players


Orçamento - 50 exemplares (2600 Reais)


Impressão Gráfica | 800,00

Material de envio e fretes | 600,00

Serviços Editoriais | 700,00

Registros, solicitações, taxas | 400,00

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