A

Cia de Lobos

apresenta

OS REIS

de

Julio Cortázar

Sinopse

Na ilha de Creta, na antiga Grécia, o rei Minos mantém encerrado em um labirinto um ser metade homem metade touro, a quem alimenta com o sacrifício de jovens dos reinos vizinhos. É quando Teseu, filho do rei de Atenas aporta na Ilha com a missão de matá-lo.

Em linguagem poética o mestre Cortázar se apropria e transgride o mito grego para debater questões universais.

Duração: Cerca de 1h

Da Campanha

O nosso objetivo é a produção e montagem do espetáculo e a realização de duas apresentações de estreia nos dias 6 (quarta feira), 7 (quinta feira) e 10 (domingo) de novembro no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema, Rio de Janeiro.

Com o apoio de vocês poderemos viabilizar a cenografia, figurinos, divulgação, direitos autorais e de tradução, transporte, serviço de técnicos e artistas envolvidos.

Mas lembre-se, é tudo ou nada! Precisamos atingir a meta mínima para que o financiamento aconteça. Do contrário, valor retornará para os apoiadores, mas em forma de crédito.

Mas é claro que nós vamos conseguir, não é?!!!

Com sua participação transformaremos esse sonho em realidade e levaremos à cena esta linda peça, que trata de questões tão importantes para a humanidade.

Veja no quadro ao lado as várias opções de parceria e suas respectivas recompensas.

Seja nossa(o) parceira(o)!!!  Contamos com você!!!

Apresentações

4a feira, dia 6, quinta feira, dia 7 e domingo, 10 de novembro de 2024, às 20h

Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63

Ipanema - Rio de Janeiro - RJ

Equipe

Texto Julio Cortázar

Tradução: Ari Roitman e Paulina Wacht

Direção: Antonio Sciamarelli

Elenco: Ana Ramos, Eduardo Lage, Leidiane Sena, Lore, Marco Guayba e Rafael Maia.

Produção executiva: Kátia Carbonell

Cenografia, figurino: Jacó Azevedo

Adereços: Ricardo Laia

Iluminação: Priscilla Lanter

Fotografia: Luís Moras

Arte Gráfica: Helena Pontes

Realização: Cia de Lobos

Por que montar Os Reis?

Sendo Julio Cortázar um dos expoentes modernos no campo da grande literatura, sua obra merece sempre estar em destaque. Ainda mais considerando o quanto a dramaturgia latino americana tem sido pouco frequente em nossos palcos. Essa lacuna histórica denuncia a nossa pouca intimidade com a cultura de nossos vizinhos.

Montar uma peça inédita no Brasil, de um autor argentino da envergadura de Cortázar - em especial neste ano em que se celebra os seus 110 anos de nascimento e 40 de imortalidade -, é pois, mais que uma mera correção desse equívoco, mas um ampliar fronteiras em nosso Continente.

Ante a magnitude da obra e o conturbado tempo em que vivemos, entendemos como de grande relevância rever esse mito sob o olhar transgressor e poético do mestre Cortázar.

Quando atônitos assistimos ao recrudescimento dos extremismos, da intolerância e dos discursos de ódio, quando pulsões ocultas, recalcadas nos labirintos do inconsciente, reemergem com força destrutiva e desagregadora, faz-se mister lançar luz sobre o fantasma do ressentimento, do autoritarismo e da exclusão e revisitar Minos, Teseu, Ariadne e o Minotauro em cada um de nós.

Sim. É algo que nos inquieta, nos mobiliza e de que precisamos falar, trazer à luz da consciência. E não há fórum mais rico e fecundo para esse confronto do que a cena teatral.

Los Reyes, de Julio Cortázar é uma obra necessária por sua beleza poética, universalidade, atemporalidade e potência. Compartilhá-la com o público será para nós uma honrosa missão.

Porque você deve nos apoiar?

Como você deve imaginar, a montagem de um espetáculo de teatro, além da realização de um ideal artístico é também um empreendimento bastante laborioso que exige muito estudo, investimento, suor e talento de toda uma equipe.

Sim, são milhares de horas de trabalho dedicados a esse processo em leituras, pesquisas, ensaios, reuniões etc. Sem falar que há um vultuoso investimento em figurinos, cenografia, adereços, divulgação, locação do teatro, transporte, alimentação da equipe etc. Além, é claro, da contratação do serviço de profissionais especializados em diversas áreas.

Nós da Cia de Lobos, somos um grupo alternativo que realiza seus espetáculos motivado por escolhas estéticas e conceituais, um tanto na contramão dos valores do Mercado. Então, deve ser fácil imaginar que não estamos entre os escolhidos dos grandes patrocinadores e nem somos os favoritos dos editais institucionais.

Por isso precisamos do seu apoio para que possamos viabilizar este lindo projeto. Uma pequena parte de cada um

O financiamento colaborativo surge como uma via alternativa e autônoma e por que não dizer, revolucionária de arrecadação em que o artista pode dialogar diretamente com o seu público. E que cada parceiro ou parceira desse empreendimento pode escolher o valor e a forma que vai colaborar. De acordo com seus interesses e possibilidades. Recebendo em troca, além da garantia de ingressos antecipados, as recompensas que escolher.

Não é fantástico?!

E então, vamos dar as mãos e seguir juntos nessa aventura!!!

Como tudo começou...

Conheci "Los Reyes" em 2001, de maneira casual, ao folhear um exemplar numa livraria do Rio de Janeiro. Logo nas primeiras linhas me apaixonei pela peça e não hesitei em adquirir o livro. Na época, já eu era um amante dos contos de Cortázar.

Impactado com o vigor dramático, com a beleza poética e pela transgressão ao mito grego, temática que sempre me fascinou, logo acalentei a ideia de levá-lo à cena. No entanto, por inúmeros fatores na época, não houve condição de viabilizarmos a montagem.

Durante duas décadas mantive guardado o desejo e porque não dizer, o sonho de montá-la. Mas em fins de 2022, despretensiosamente apresentei o texto ao meu elenco, como sugestão de leitura. Para minha surpresa o grupo se apaixonou de pronto pela peça e manifestou o desejo de montá-la. Não havia como dizer não a um grupo de atrizes e atores tão talentosos e comprometidos, ainda mais tomados por uma paixão indômita pela Obra.

E assim, no ano seguinte, iniciamos um processo laborioso e apaixonante de mergulhar no universo do mito do Minotauro e suas inúmeras implicações. Obstáculos e incertezas não faltaram, desde a longa negociação de direitos autorais, até a dificuldade em conseguir pauta num espaço adequado à nossa cena, passando por problemas de saúde e dificuldades várias. Todas essas intempéries porém, só forjaram em nós uma maior perseverança e fizeram dobrar o entusiasmo pelo Projeto.

E aqui estamos, contando com sua parceria para realizarmos juntos este sonho!

Evoé!!!

Proposta da Montagem

Nossa encenação buscou valorizar a oralidade, o caráter poético do texto, propondo um mergulho no universo arquetípico que tange o mito. O estudo, a pesquisa, a contextualização histórica e mitológica, o trabalho minucioso de construção das personagens a partir de um corpo sensível, de um entendimento profundo, todas essas etapas fazem parte de um processo que realizamos com muito prazer e paixão.

A encenação convida os espectadores a uma experiência vivencial, sensória, corpo a corpo, despertando de maneira estética o encontro com conteúdos subjacentes deflagrados pelo mito.

Os Reis promete ser um espetáculo artisticamente belo, imersivo, emocionalmente impactante e reflexivo acerca de questões humanas que tangem a contemporaneidade.

É com profundo respeito pela obra e com enorme prazer e entusiasmo que nos lançamos a esse desafio. E que o fio de Ariadne nos guie nesse mergulho de íntimo labor ao encontro dos nossos ideais.

  Quem somos nós?

Cia de Lobos 

Coletivo de teatro criado em abril de 2006 por Antonio Sciamarelli e Jairo Goulart.

Nesses dezoito anos de existência foram realizados espetáculos, cenas curtas, leituras dramatizadas, oficinas, parcerias com outros coletivos, além de recentes incursões audiovisuais, totalizando mais de 20 produções.

Sempre com espírito despojado e independente e comprometida com direitos humanos e com ideais progressistas, a Cia de Lobos se mantém com recursos próprios, confeccionando cenários e adereços com material reciclável ou reaproveitado e viabilizando suas produções por sistemas cooperativos, financiamentos coletivos, editais públicos ou pequenos patrocínios.

Nosso repertório abrange de autores “clássicos” tais como Machado de Assis, Shakespeare e Tchekhov, a obras autorais, sempre na equilibrada medida da profunda reverência ao universo do autor e a necessária irreverência do olhar contemporâneo.